terça-feira, 28 de agosto de 2018

Um relacionamento pra dar certo precisa disso ...


Amor diante de conflitos.
Valendo pra todos os tipos de relação. A receita é única: Amor é compartilhar todos os momentos, sejam bons ou ruins, a medida é a mesma.


Fibromialgia pode afetar relacionamentos, alerta médico.


No Dia Mundial da Fibromialgia, o médico reumatologista Milton Helfenstein Jr., de São Paulo, afirma que a doença pode ser controlada com uso de remédios, como analgésicos e relaxantes musculares. É necessário também praticar atividades físicas como caminhada, hidroginástica, natação e alongamentos, tanto para obter um condicionamento físico quanto para perder ou manter o peso adequado.
— A fibromialgia não é um motivo para o paciente se isolar socialmente. Tudo é uma questão de compreensão, mudança de estilo de vida, atitude positiva, além do acompanhamento médico e aderência ao tratamento recomendado.
Segundo o médico, quem sofre com a doença, além da dor, sente cansaço, sono não reparador (diversos distúrbios do sono que fazem o paciente sair da cama cansado), distúrbios de concentração e memória, e até cefaleia, tontura, sensação de inchaço, palpitação, dormências nos membros e transtornos do humor. Apesar da alta prevalência em mulheres da faixa etária de 30 a 60 anos, a doença também atinge homens e jovens.
— Existem casos de filhos de mulheres fibromiálgicas apresentarem os sintomas da doença antes mesmo dos 18 anos. O que se sabe é que a doença é oito vezes mais frequente em mulheres do que em homens e, em número de pessoas atingidas, a prevalência chega até 10% em alguns países e 2,5% da população brasileira.
Clima úmido, tensão, sedentarismo, postura incorreta, depressão, ansiedade e problemas emocionais são alguns dos fatores que contribuem para o agravamento do quadro da fibromialgia.
— Por conta de todos esses fatores, é essencial que aqueles que convivem com quem tem a doença tenham uma postura positiva. Isso ajuda tanto os pacientes, que se sentem mais motivados a seguir as orientações médicas, quanto o próprio relacionamento, evitando desgastes que podem contribuir para a piora do quadro.
Outro fator que deve ser levado em conta é o grau de desconhecimento da síndrome, inclusive por alguns médicos. De acordo com a pesquisa do Instituto Harris Interactive, até o momento do diagnóstico a fibromialgia é uma condição desconhecida para 70% dos pacientes brasileiros.
O levantamento também destaca que, no Brasil, 98% dos pacientes concordam que a fibromialgia é uma doença que não se conhece bem, enquanto que 77% dos clínicos gerais e 84% dos especialistas acreditam que a enfermidade não é muito conhecida, inclusive, entre os próprios médicos.
A doença
A fibromialgia é uma síndrome causada por problemas no caminho percorrido pelos sinais dolorosos no organismo. O principal sintoma é a dor difusa e generalizada por todo o corpo. Segundo o reumatologista  o que ocorre é que o sistema de comunicação da dor nesses indivíduos trabalha de forma excessiva ou interpreta erroneamente um estímulo pouco doloroso, como sendo muito doloroso.
— Pessoas que convivem com fibromiálgicos podem ter dificuldade de aceitar suas limitações, imaginando que a dor é apenas psicológica. Mas elas são verdadeiras e percebidas com moderada ou forte intensidade, fazendo com que um estímulo leve seja sentido como doloroso.
De fato, é difícil para o paciente lidar com as queixas de pessoas mais próximas, já que ele não consegue provar a doença por meio de exames, radiografias etc. O relacionamento tende a piorar ainda mais quando há dias em que o indivíduo se mostra funcional e, nos seguintes, sente dores e demais sintomas muito desconfortáveis.

Compilado:
https://noticias.r7.com/saude/fibromialgia-pode-afetar-relacionamentos-alerta-medico-12052013


quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Fibromialgia no Globo Repórter: Desafios diários



Você sofre com fibromialgia? As dores não correspondem aos tratamentos?
Confira a reportagem do Globo Repórter e saiba como a Termografia Médica tem ajudado médicos e pacientes

quarta-feira, 22 de agosto de 2018


A Dimensão da Dor do Fibromialgico




I.Ladvig


As intercorrências na fibromialgia devem ser encaradas como algo normal: Altos e baixos em um processo de dor constante. Faz parte do quadro álgico uma constelação de sentimentos e sensações variadas, atribuindo a cada sensação um grau de maior ou menor importância, mas que no conjunto da obra fazem a diferença.

Somando-se aos sintomas da fibromialgia, comumente, aparece emparceirado com outros distúrbios orgânicos sejam físicos ou psíquicos, ampliando ainda mais a dimensão do sofrimento mediante a fibromialgia. Diria que é um quadro complexo de dores e sensações, que somente um fibromialgico sabe compreender até onde vai à dimensão da própria dor.

As pessoas que convivem com um fibromialgico, e dizem entender a síndrome, em algum momento deixam-se trair pela ignorância, escorregando nas entrelinhas, suas dúvidas e reservas sobre a manifestação álgica permanente, como se fosse impossível alguém sentir o tempo inteiro a dor, em seus diversos níveis de intensidade. É desolador!

A fibromialgia tem sido tema de discussão, recorrente, em alguns programas televisivos, direcionados ou não para saúde. São vagas, superficiais e inconclusivas. Vira e mexe, divaga-se no assunto, algumas receitinhas de bem-estar e histórias que se resumem em uma breve pincelada, que somente lambuza o assunto para a curiosidade do telespectador. Nada perto do que seja realmente a vida de um fibromialgico.  É vida que sofre em silêncio. E falar, muitas vezes, é sinônimo de colocar a paciência alheia à prova.

Nosso trilhar é florido de preconceitos, e por mais que bradamos por reconhecimento, direitos, complacência e apoio, ainda somos sinônimos de ficção. Gente, a dor é real!

Artigo sobre Fibromialgia: Acrescentar dor à dor


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Fibromialgia é uma doença incurável que pode tornar a vida um inferno, o pior é que muita gente minimiza.

Rosa Montero

Em um desses tolos acasos da atualidade, neste verão entrou na moda na Espanha a fibromialgia. Maria José Campanario, esposa do toureiro Jesulín, teve a dupla desgraça de sofrer este mal e se tornar por isso notícia nos programas de celebridades. A fibromialgia é uma doença incurável e dolorosa que pode tornar a sua vida um inferno: mas o mais infernal desta enfermidade, assim como da síndrome de fadiga crônica e outros achaques semelhantes, é o fato de que muita gente minimiza o mal, o ignora, o desdenha ou até mesmo considera que é pura lorota, um logro de aproveitadores ou de histéricas (quem sofre são sobretudo as mulheres), uma queixa cansativa de malucas…
E, assim, nas tertúlias de mexericos no verão disseram dos doentes de fibromialgia coisas insanas, como que são pessoas egoístas que só pensam em si mesmas ou que utilizam a doença para obter vantagens no trabalho. Aqui está o preconceito brilhando em todo o seu esplendor e adicionando o sofrimento da incompreensão social à dor verdadeira da enfermidade. Ocorre que tanto a fibromialgia como a fadiga crônica são definidas como doenças muito reais (a primeira, reumática, a segunda, neurológica) dentro da lista da Organização Mundial da Saúde. Foram incluídas na décima revisão do Catálogo Internacional de Doenças (CIE-10), que data nada mais nada menos que do ano de 1992. Mas enquanto na maioria dos países industrializados o CIE-10 foi levado de maneira integral à prática médica, ao que parece na Espanha continuamos a nos reger pelo CIE-9 por pura confusão administrativa. Embora o CIE-10 tenha sido posto em prática em janeiro de 2016, 24 anos mais tarde, ainda não está de todo adaptado e não chegou a todos os médicos. O que quer dizer que muitos profissionais da saúde continuam aferrados aos preconceitos do passado; que os doentes com frequência sofrem também a incompreensão de seus médicos e que tudo isso resulta em uma clamorosa falta de diagnóstico, de terapia adequada e de um reconhecimento justo de sua incapacidade de trabalho na Previdência Social. Um estudo afirma que os queixosos de fadiga crônica visitam em média 15 médicos antes de serem diagnosticados.
E também são acusados de estar deprimidos e inventar os sintomas! Eu diria que, se você padece de uma dor ou um cansaço crônico e incapacitante e ninguém acredita em você, o mais natural é que mergulhe em uma depressão profunda. Enfim, sempre foi assim: toda vez que a medicina desconhece algo, os galenos tendem a culpar o paciente, e não a própria ignorância.
Quando a radioatividade começou a corroer os ossos de Pierre Curie, provocando-lhe dores atrozes e dificuldade de movimento, os doutores que ele visitou, que não conheciam os efeitos do rádio, disseram-lhe que eram imaginação sua, pura neurastenia. E aqui rogo aos médicos (aos quais admiro: a maioria deles, mais que em outras profissões, cumpre uma vocação de serviço ao próximo) que não se sintam obrigados a apregoar corporativamente sua excelência. Isto de acreditar que o que não se conhece está errado ou não existe é próprio da soberba humana e acontece com todos nós, embora eu, que sou das letras, mas sempre amei e mitifiquei a ciência, acreditasse que esta mantivesse um maior rigor de pensamento e tentasse buscar a verdade e desviar de preconceitos. Mas agora já começo a suspeitar que os das ciências podem ser tão arbitrários como os das letras; disse o neurocientista Mariano Sigman na genial entrevista que deu a Martínez Ron, no Vozpópuli: “Os cientistas também têm um pensamento tribal (...) sem uma opinião informada, você também está cometendo um erro igual (...) só que você o comete de um lugar no qual se sente muito mais valorizado. Em psicologia há muitas evidências de que as pessoas que fazem ciência se tornam mais tribais que as que não fazem ciência”. De modo que um certo nível de conhecimento nos pode deixar com a mente mais fechada e mais arrogantes, quando deveria ser o contrário. Como dizia Einstein, “se você quer ser um bom cientista, dedique quinze minutos por dia a pensar o contrário do que pensam os seus amigos”. Isso talvez tivesse evitado, por exemplo, acrescentar mais dor à dor desses doentes.

ROSA MONTERO
NASCEU EM MADRI EM 1951. ESTUDOU JORNALISMO E PSICOLOGIA. ESCREVE NO EL PAÍS QUASE DESDE SUA FUNDAÇÃO. EM 1997 GANHOU O PRÊMIO PRIMAVERA DE ROMANCE POR ‘A FILHA DO CANIBAL’ E EM 2005 RECEBEU O PRÊMIO DA ASSOCIAÇÃO DA IMPRENSA DE MADRI POR SUA VIDA PROFISSIONAL.

Compilado:
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/14/eps/1505424523_540946.html