terça-feira, 15 de julho de 2014

Fibromialgia e Resignação


Vislumbro várias formas alternativas de amenizar as dores, foi o que trouxe à vida novamente, possibilitando boas expectativas, com resultados satisfatórios. Infelizmente não 100%, mas tem me permitido viver com qualidade de vida. Foi através da descoberta da fibromialgia que passei a ter mais ainda qualidade de vida. Estou bem feliz! Primeiro, a minha natureza ajuda, pois faça chuva ou sol, sou uma pessoa de bem com a vida, amo estar em paz, sempre num clima zen com tudo e todos, aprecio uma boa conversa recheada de assuntos inteligentes, viajar com frequência nem que seja logo ali, curto a natureza, amo o mar, adoro ir a praia, ter contato com a areia, ouvir o barulho das ondas, entrar em sintonia com a natureza, enfim, viver! Ouvir boa música, colocar um DVD sons da natureza, apreciar um pôr sol e estar em companhia das pessoas que admiramos! Tenha seletos bons amigos, evite pessoas negativas que só trazem dissabores. Fuja! Para nós fibromiálgicos isso significa dor. 

Trabalhar a espiritualidade fazendo orações, mantendo bons pensamentos e indo a igreja, pra quem tem o costume. Somente o fato de manter a mente higienizada, tanto espiritualmente quanto emocionalmente é relevante na soma de todos os avanços. É preciso integrar o físico, emocional, mental e espiritual. Não somos fragmentados, mas a soma do todo, e quando uma delas está doente, o corpo entra em desarmonia. Sofremos bem mais. 

Tenho aprendido com a fibromialgia. Paciência, fé e principalmente resignação. Essa última muito importante. Entreguei os pontos, aceitando a síndrome, procurando viver bem com minhas limitações e dores. Não costumo me queixar, mesmo sentindo uma dor aqui, outra ali. Suportáveis, amenas, já cheguei em um nível que não me incomodam como já aconteceu. Se é acentuada, uso uma bolsa de água quente ou uma almofada térmica (ervas). Somente isso. E tenho conseguido viver bem, fazendo as atividades diárias da casa e a natação. Inicialmente, tinha insônia. Ficava uma noite inteira acordada, mesmo muito cansada, não conseguia dormir. Agora durmo bem, sem nunca ter precisado usar medicação.

Estar resignado em relação a uma situação, não quer dizer, acomodação. A cada dia, vou atrás do novo, estou sempre procurando respostas e avanços. Resignar-se não é sentar e ficar esperando as coisas acontecerem, ao contrário, é buscar, com calma, paciência e boa vontade e acima de tudo, acreditar e investir em tratamentos alternativos sejam eles quais forem. Cuidar-se é uma soma da boa vontade atrelado principalmente a "atitudes", pois sem elas, o conhecimento não tem efeito algum.

Dar o primeiro passo, às vezes, pode ser complicado, tentar é um bom começo, melhor do que acomodar-se nas lamentações. E depois, viver lamentando-se não vai adiantar nada, a não ser afastar as pessoas, tudo que é demais, torna-se desagradável. O diálogo sempre deve envolver assuntos agradáveis e quando não estamos nada bem, o melhor é nos recolhermos em casa, fazer algo por nós mesmos. Tenho feito isso quando não estou bem. Se não posso esboçar um sorriso, tampouco a expressão da dor, guarde-a pra si mesma, inevitável ao convívio com familiares. Deles, precisamos todo apoio e compreensão, mas temos que estar cientes, que para eles não é nada fácil. Não dá para abusar dos ouvidos.

A resignação foi uma resposta que encontrei naturalmente para poder conviver de forma saudável com a síndrome, conseguindo fazer por mim mesma aquilo que somente "eu" posso fazer.

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