quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Fibromialgia: Dor e Preconceito



                                              https://www.youtube.com/watch?v=CDU_V3cec5A

domingo, 5 de novembro de 2017

Dicas de uma Fibromialgica


Faça atividade física, é imprescindível para manter o bem-estar. Caminhadas ao ar livre, natação, musculação, pilates, andar de bicicleta, esteira, etc;

Recomendo caminhadas diárias ao ar livre. Inicie com 30 minutos, até menos, para criar o hábito. O ideal é conversar com um profissional da área antes de iniciar;

O alongamento deve ser meta diária, principalmente antes da atividade física;

Evite ganhar peso, pois o corpo se tornará demasiadamente pesado. Aconselho consultar com uma nutricionista;

Prefira a alimentação integral. Preferencialmente produtos integrais, sem glúten, frutas e verduras à vontade. Evite frituras, glúten, massas brancas em geral. Prepare sucos detox, principalmente os de couve (gengibre e limão);

Faça os exames preventivos regularmente e verifique a pressão arterial. É bom estar em dia com a saúde. Ela não perdoa, portanto, colabore;

Para amenizar a dor localizada faça uso de almofadas térmicas e bolsa de água quente;

Prefira atividades laborais que não sejam estressantes, se possível, pois irá refletir na intensidade da dor;

Evite o estresse em todos os sentidos. Se desfaça das “causas” que contribuam para seu sofrimento;

Verifique a contagem hormonal, para quem já passou dos 45 anos. A ingestão de óleo de linhaça é uma alternativa de reposição hormonal saudável. Evite os hormônios sintéticos;

Tome sol, é fonte vitamina D, essencial para os ossos. Ajuda combater a obesidade e diabetes;

Retome projetos antigos que pareciam impossíveis: Aprender a tocar instrumento musical, trabalhos manuais, cozinhar, dançar, fotografar, escrever, estudar, pintar, viajar, visitar parentes, amigos, etc. Seja ele qual for, um “UP” para sua vida;

Frequente grupos de autoajuda para trocar experiências ou tenha um terapeuta (psicólogo) para ajudá-lo a manejar com a síndrome;

Adote um animal de estimação: Gato, cão, pássaros, etc. São bons companheiros. Carinhosos!

E o mais importante, adote-se com muito carinho! Você merece!



Fibromialgia: Um dia após outro, diferente!


                                                                     
Quando se tem a experiência de viver com fibromialgia, o ideal é viver um dia de cada vez, sem esperar muito do amanhã. Viva o hoje! Seria um desperdício perder 24 horas de possibilidades de “procurar manter-se bem”. Vais perguntar, como? Eu respondo: Dependerá de como lidas com as escolhas.

Tenho aprendido muito nesses três anos. A duras penas! Foram vários tipos de tratamentos: Lemeterapia, fisioterapia, hidroterapia, argila, massagem relaxante e acupuntura, medicamentoso (alopatia e fitoterapia) e atividades físicas realizadas: natação, musculação, pilates, alongamento e caminhadas. Cheguei à conclusão, que sou a única pessoa que posso fazer por mim, mais ninguém. Depende de como percebo a realidade a minha volta. A proposta é sair da rotina, fazer de cada dia, diferente do outro. Necessariamente, não precisamos de dinheiro. Apenas, criatividade. 

 Podes escolher entregar-se ao malogro ou “reagir” saindo da rotina. Evite-a. Ao invés de trancar-se em uma redoma de dores, reaja, levante-se, abra as janelas, respire profundamente a VIDA. Diga a si mesmo, várias vezes: Vou me superar! Parece mais uma receitinha dessas que encontramos no Google. Vai além, quando consegue superar-se, e descobrir o quanto podes fazer. Dependerá muito da boa-vontade. Desafie-se!

Mantenha acesa a chama da FÉ, independente da crença religiosa. Apenas acredite, mantendo-se firme na caminhada de infindáveis buscas e descobertas. Reflitas no que andas pensando. Somos aquilo que pensamos, exatamente, o espelho da alma. Poderás ser um vencedor ou perdedor. Aposto no vencedor, ele deseja mais do que tudo “viver” da melhor maneira. Ele se ama, e não irá medir esforços para isso.

Cuide para manter-se regrado em uma vida saudável: alimentação e atividade física. Mexa o esqueleto! Faça uma atividade que goste. Se nada o agrada, faça o mínimo, caminhe. Isso o deixará relaxado! Aplique calor com almofada térmica de ervas ou bolsa de água quente. Ajuda aliviar a dor.

Nada de isolar-se, o afastamento do convívio social o deixará deprimido. Procure ter momentos prazerosos e alegres junto a família e aos amigos. Esqueça, mesmo que  impossível, a dor. Ela é uma mala!  Queira ou não, vai lhe acompanhar.


A rotina? Quem pode fazer senão eu mesma? Posso escolher o que agrada. E faço isso todos os dias. Um dia de cada vez, aos pouquinhos, acostumar-se a driblar a rotina, criando uma agenda diária de atividades novas. 

Nas pequenas conquistas, impulsionamos as maiores.

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Fibromialgia e Lemeterapia: Por que investir?



Eu fiz, e recomendo!!! Nota 10 em qualidade de vida alcançada.

Fibromialgia: Atividade Física

Compartilho o texto abaixo. Uma experiência motivadora.

Magnífico! 



Mexer o corpo.

por AF, em 13.10.17
IMG_20171013_183826.jpg
Admito, eu normalmente sou uma completa preguiçosa.
Não tenho paciência para correr ou dar caminhadas. Não gosto de passar o dia inteiro a ver TV sem dormir a minha soneca. Odeio subir escadas. É isso, sou preguiçosa.
Acontece que, recentemente, participei num fantástico evento desportivo realizado por um clube de futebol conceituado que consistia em pôr toda a família a jogar futebol. Estão a imaginar-me a jogar futebol certo?
O que vocês não fazem ideia (nem o meu tio fazia) é que eu até tenho jeitinho para a coisa. Marquei uns quantos golos, roubei umas bolas, tenho quase a certeza que fiz uma ou duas fintas... enfim! Foi um dia extremamente produtivo para a recém profissional de futebol e futura melhor jogadora do mundo, Filipa!
Só que não.
Nisto tudo, na manhã de desporto em que corri de um lado para o outro, saltei, fiz imensos exercícios e afins, aprendi algo muito importante. Afinal é mesmo necessário para nós, aqueles com fibromialgia, fazermos exercício. Posso garantir que, no tempo em que estive a jogar e a correr ao sol, me senti saudável como já não sentia há imenso tempo, como se não tivesse fibromialgia!
É claro que no dia seguinte acordei sem me mexer e passei o dia na cama mas isso, como se costuma dizer, são outros quinhentos. O que interessa é iniciar!
Não podemos esperar ficar automaticamente curados por fazermos 15 minutos de exercício. Até porque a fibromialgia não tem cura. Mas se devagarinho formos tentando mexer o corpo acontece que ele nos vai dando ouvidos.
Não precisam de ir horas a fio para o ginásio levantar pesos (a sério, não tentem), ou ir correr a meia maratona de Lisboa. Experimentem só fazer uma pequena caminhada, dançar descontraidamente ao som de uma música ou até mesmo fazer uns quantos alongamentos. Explorem os limites do vosso corpo mas não os ultrapassem.
A fibromialgia manda-nos ter calma.
E é isso. Senti-me bem. Joguei à bola como uma criança feliz, conheci pessoas simpáticas, aprendi jogos diferentes. E no fim, sentei-me na relva a sentir o sol a tocar-me o corpo e senti-me feliz.
Passados dois anos finalmente me senti normal. E pode não parecer mas isso é algo tão bom de sentir. Acreditem.
Por isso já sabem, e mesmo todos vocês que são "normais", aproveitem o dia e experimentem fazer exercício. Para além de se sentirem extra bem também se vão sentir felizes. E não há nada melhor do que nos sentirmos felizes.

Blog Cronicamente Fabulosa
http://cronicamentefabulosa.blogs.sapo.pt/mexer-o-corpo-5784

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

A Cura da Fibromialgia

Imagem relacionada



Acessem o blog abaixo, bem interessante! 

http://www.acuradafibromialgia.com.br/index.html


sexta-feira, 14 de julho de 2017

Fibromialgia: Patologia Rígida da Consciência

Por Lessandra Focking


Sofro deste mal, e tenho pesquisado muito a respeito, buscando uma visão espírita desta doença. 
Encontrei a entrevista abaixo, publicada na folha espírita com o Dr.José Henrique Rubim de Carvalho, a qual reproduzo aqui para conhecimento de meus irmãos do Espirit Book, que porventura sofram deste mal, ou tenham algum familiar com a doença.


Folha Espírita – O que é a fibromialgia? 




José Henrique Rubim de Carvalho – A fibromialgia é uma síndrome dolorosa crônica sem quadro inflamatório, não comprometendo as articulações e não causando deformidades. É um reumatismo por envolver músculos, tendões e ligamentos. Ela se caracteriza por dores no corpo, fadiga e alterações no sono. As dores podem ir de um leve incômodo até uma condição incapacitante, na forma de ardência, pontada, rigidez e câimbra, por três meses pelo menos em 11 pontos de 18 pontos dolorosos padronizados.



Não existem exames complementares, como de laboratório, de imagens e neurofisiológico, que confirmem o diagnóstico. Calcula-se que atinja 3% das mulheres e 0,5% dos homens adultos.



Manifestações não relacionadas à dor muscular são observadas na fibromialgia em mais de 50% dos casos. São as comorbidades como: síndrome de fadiga crônica, síndrome do intestino irritável, enxaqueca, síndrome das pernas inquietas, fenômeno de Raynaud, depressão, ansiedade, síndrome da apneia do sono e bexiga irritável, por exemplo.



Acredita-se que os fibromiálgicos perdem a capacidade de regular a sensibilidade dolorosa. O controle da dor é feito pela serotonina, que se encontra diminuída nesses pacientes.



Desta forma, muitos dos impulsos que chegam e saem do cérebro são identificados erroneamente como dor. É como sentir dor onde verdadeiramente não existe a dor. Em verdade, a dor é da alma que se comprometeu moralmente, nesta e em existências passadas.



FE – Essa enfermidade pode aparecer em qualquer faixa etária? 



Carvalho – A fibromialgia manifesta-se em qualquer idade, mas, sobretudo, entre os 40 e os 60 anos, talvez em decorrência da diminuição dos hormônios femininos na menopausa. Em torno de 25% dos casos referem apresentar esses sintomas desde a infância. Foi descrita a tendência de a fibromialgia ocorrer em mulheres de uma mesma família.



De acordo com o reumatologista Daniel Feldman, um levantamento israelense aponta que 6,5% das crianças e adolescentes em idade escolar apresentam sintomas de fibromialgia. Existem estudos, porém, que indicam que a fibromialgia juvenil pode se manifestar antes dessa faixa etária. Pesquisa publicada em 1995, na revista científica norte-americana Arthritis Rheumatology, indica que a doença afeta 1,3% das crianças em idade pré-escolar. Pesquisa realizada pela reumatologista Suely Roizenblatt, da Unifesp, mostra que 71% das mães das crianças diagnosticadas com fibromialgia juvenil também tinham a síndrome.



FE – O que pode desencadear a fibromialgia, do ponto de vista clínico? 



Carvalho – A falta de condicionamento físico, ou seja, sedentarismo, é apontado como o principal fator de risco. “Pouquíssimos atletas desenvolvem fibromialgia”, diz Jamil Natour, reumatologista da Unifesp. Outros fatores relevantes são: mudanças hormonais na menopausa, estresse e traumas emocionais. Doenças infecciosas e a hereditariedade são também importantes no desencadeamento da enfermidade.



FE – A fibromialgia tem cura? Há algum método que possa melhorar o quadro clínico? 



Carvalho – A remissão completa da fibromialgia é difícil, mas não impossível. O tratamento é obrigatoriamente multidisciplinar, abrangendo os aspectos orgânicos, psicológicos, sociais e espirituais. A atividade física, feita em ritmo moderado e com longa duração, eleva a capacidade respiratória (aeróbica), aumenta a musculatura e a força. O exercício de baixo impacto reequilibra o sono, eleva a serotonina, produz endorfinas e somatostatina que melhora o trofismo muscular. Essas medidas resolvem 50% a 60% dos casos. O tratamento alopático engloba diversas drogas, como o antidepressivo tricíclico, em doses baixas. A Homeopatia, a Terapia Floral de Bach e a Acupuntura também apresentam bons resultados, mas os tratamentos psicológicos e espirituais se impõem pela necessidade da transformação moral urgente. Sabemos que o caráter básico dos fibromiálgicos é o perfeccionismo e sua rigidez consciencial característica, transbordando para o corpo todos os conteúdos presentes e pretéritos, que necessitam ser trabalhados.



FE – Como compreender essa doença do ponto de vista espiritual? 



Carvalho – A fibromialgia é considerada por muitos como uma depressão mascarada, e, como sabemos, uma enfermidade que não apresenta nenhuma lesão, nenhum quadro inflamatório e nenhuma comprovação laboratorial e radiológica. O caráter perfeccionista de seus portadores leva-nos a inferir os erros cometidos em existências passadas e comprovados por inúmeras regressões de memória desses pacientes.



Um caso bem interessante, de um paciente que foi submetido à regressão de memória, evidenciou uma existência papal, que autorizou a carnificina da “Noite de São Bartolomeu”. Esse papa era extremamente rígido, perfeccionista e com sintomas somáticos compatíveis com a fibromialgia. No final de sua desperdiçada existência, onerado de culpas, pronuncia esta frase reveladora: “Só me resta a dor.” Essa frase-decisão transferiu-se para a atual existência sob a forma de fibromialgia, personalidade perfeccionista e culpada. É a reencarnação para depurar os condenados endividados com os Estatutos Superiores.



FE – Atitudes e pensamentos podem ter algum efeito para a melhora física dos pacientes que sofrem desse mal? 



Carvalho – É exatamente esta a proposta: transformação moral, implementada na metodologia da Terapia Regressiva de Memória e na Terapia Floral de Bach, além de outras. Paiva, num trabalho em 2004, mostra-nos que a dor entra para a chamada “zona de conforto”, onde, por mais que o estado seja ruim, existe um benefício secundário que mantém o indivíduo no estado de dor. Está claro que o espírito que escolhe a dor como forma de autopunição não quer se expor a erros, como os já perpetrados em outras existências e na atual, além do que uma personalidade perfeccionista e rígida jamais pode errar. Portanto, é preferível manter-se na tal “zona de conforto”. O trabalho profícuo, então, é a integração com as sombras, para lidar com os opostos e sua diluição através das mudanças de pensamentos, sentimentos, vontade e, consequentemente, as atitudes.



FE – A não aceitação da mediunidade pode ter influência nesses casos? 



Carvalho – A fibromialgia é uma patologia medianímica, por ser uma síndrome ectoplasmática, cujo substrato sofre a atuação dos espíritos obsessores, que se afinam com os caracteres morais dos obsidiados. A mediunidade se presta ao trabalho do autoconhecimento, da autoaceitação e notoriamente da transformação moral. Se não houver a compreensão nítida da complexidade holística dessa e de outras patologias, fica extremamente árido o campo de cura ou de abrandamento da sintomatologia presente nas enfermidades. 





Entrevista publicada na Folha Espírita, São Paulo, outubro/2010


Artigo compilado:

http://www.espiritbook.com.br/profiles/blogs/fibromialgia-patologia-r-gida-da-consci-ncia

Direito Previdenciário e Fibromialgia

Síndrome da fibromialgia e o direito previdenciário
Ana Maria de Souza
 
 
Resumo: O objetivo deste trabalho é demonstrar a importância de um bom diagnóstico para a concessão dos benefícios auxílio-doença ou da aposentadoria por invalidez e a terapêutica da fibromialgia. Este tópico poderá ser encontrado de forma detalhada na literatura médica, em especial na reumatologia. O aspecto mais importante a ser ressaltado é que o sofrimento adicional imposto a esses pacientes pela demora diagnóstica aumenta, em muito, a gravidade desta síndrome, uma vez que sintomas depressivos e ansiosos estão frequentemente presentes.
Palavras-chave: Síndrome da fibromialgia. Previdenciário
1. INTRODUÇÃO
O presente artigo foi elaborado a partir dos estudos em Direito Previdenciário realizados no curso de pós-graduação da Faculdade Legale, cujo objetivo é analisar a dor crônica e o mal-estar causado da Síndrome da Fibromialgia (SFM) e os aspectos gerais para concessão do auxílio-doença ou da aposentadoria por invalidez, considerando a importância de uma boa avaliação médica para o diagnóstico da fibromialgia.
2. CONCEITO
A fibromialgia é uma síndrome crônica caracterizada por queixa dolorosa musculoesquelética difusa e pela presença de pontos dolorosos em regiões anatomicamente determinadas (Wolfe F, Simons D et al apud CHAITOW, 2002)[1].
Por englobar uma série de manifestações clínicas como dor, fadiga, indisposição, distúrbios do sono a fibromialgia é considerada uma síndrome.
     “Para a American College of Rheumatologists, síndrome da fibromialgia (SFM) é um histórico de dor generalizada por pelo menos 3 meses. A dor é generalizada quando todos os seguintes sintomas estão presentes: dor no lado esquerdo do corpo, no lado direito do corpo, abaixo da cintura e acima da cintura.
Além disso, deve haver dor axial (coluna cervical ou parte anterior do peito ou coluna torácica ou lombar).
Dor (com o paciente relatando “dor” e não apenas sensibilidade) em 11 a 18 pontos sensíveis quando submetidos a pressão digital envolvendo 4k de pressão. As localizações são todas bilaterais e são situadas:
- Nas inserções musculares suboccipitais (perto de onde o rectus capitis posterior minor se insere).
- Nos aspectos anteriores dos espaços inter-transversos entre o C5 e C7.
- No ponto médio da borda superior do músculo trapézio superior.
- Nas regiões do músculo supra espinhal, sobre a espinha escapular.
- Na segunda junção costocondral, na superfície superior, ligeiramente ao lado das junções.
- 2 centímetros distalmente dos epicondílios laterais dos cotovelos.
- Nos quadrantes superiores externos das nádegas na prega anterior do glúteo médio.
- Posterior à proeminência do grande trocanter (inserção do piriforme).
- No aspecto médio dos joelhos, no coxim gorduroso próximo à linha articular. (ACR, 1990 apud CHAITOW, 2002)”[2]


Associado a dor está a fadiga (cansaço), sono não reparador, problemas de memória e concentração, ansiedade, formigamentos ou dormência, depressão, dores de cabeça, tontura e alterações intestinais.[4]
A fibromialgia está associada a uma forma de reumatismo devido a sensibilidade do individuo frente a um estímulo doloroso.[5]
3. Causa e sintomas
Embora não exista uma causa definida, estudos demonstram que os pacientes com fibromialgia apresentam uma sensibilidade maior à dor, é como se o cérebro interpretasse de forma exagerada os estímulos, ativando todo o sistema nervoso fazendo com que a pessoa sinta mais dor.
Importante destacar que os sintomas mais importante na fibromialgia são dor generalizada, dificuldades para dormir ou mesmo acordar cansado e sensação de cansaço ou fadiga durante todo o dia, bem como, depressão, ansiedade, alterações intestinais ou urinárias e dor de cabeça.
No entanto fatores biológicos, químicos, hormonais e de imunidade podem acarretar a fibromialgia, sendo mais frequente em pacientes após um trauma físico, infecções graves e estresse.
As pesquisas demonstram que 60% dos casos são diagnósticos em pessoas entre 30 a 49 anos de idade e que 35% dos pacientes são diagnosticados aos 20 anos ou entre 50 e 65 anos de idade.
Como a fibromialgia é decorrente de uma dor generalizada percebida nos músculos, é muito comum que pacientes sinta dificuldade de definir onde está a dor, indicando muitas vezes ossos, juntas e até mesmo na carne, isso acontece porque os músculos estão presentes por todo o corpo humano.
Como a dor é constante, o cansaço, insônia, sensação de pernas inquietas e em alguns casos, dor abdominal, queimações e formigamentos, problemas para urinar e dor de cabeça acabam sendo as queixas mais frequentes, isso porque as alterações no sono são extremamente comuns na Fibromialgia.
A síndrome das pernas inquietas, embora tenha a causa desconhecida, ela está relacionada com a diminuição da atividade da dopamina ou deficiência de ferro, assim o tratamento inclui massagem e compressas frias, L-dopa, pramipexole ou clonazepam.
Já nos casos de dor crônica, existem também as queixas da falta de memória, dificuldades da concentração, distúrbios no humor como ansiedade e depressão.
Como a fibromialgia é uma doença que não existe lesão dos tecidos, inflamação ou degeneração, estudos verificou que a dor é causada por uma amplificação dos impulsos dolorosos, e com isso só é diagnosticado através de exames muitos específicos.
     Na dor crônica, nota-se a presença de depressão, afastamento social, alteração do sono e cansaço. A dor influencia diretamente no cérebro, com isso tanto a emoção positiva (alegria e felicidade) como a negativa (tristeza e infelicidade), sofrem alterações, levando o paciente a depressão.
4. Diagnóstico
Na fibromialgia o diagnóstico é de exclusão, assim durante a consulta os médicos tem que obter informações essenciais, além de observar a sensibilidade em pontos específicos dos músculos, conhecidos como pontos dolorosos.
Além da avaliação médica é necessária a utilização de questionários para ajudar no diagnostico dos pacientes.
Wallace (p.134,2005) começa suas consultas perguntando ao paciente qual o motivo da consulta, como se sente, se tem alergias, e sobre história familiar de doença reumática ou outras doenças, isso porque segundo ele, ouvindo a historia do paciente e seus sintomas, é possível fazer uma revisão dos sistemas.
Para o Dr. Wallace, outros fatores relevantes incluem possível exposição ocupacional a substâncias alergênicas ou tóxicas, uma descrição detalhada do que faz o paciente durante o dia, como e quais exercícios ou atividades são realizadas, nível educacional e com quem o paciente vive, doenças incomuns da infância também são exploradas, assim como o hábito de fumar ou beber, uso ou abuso, imunizações, hospitalizações e cirurgias anteriores, prescrições passadas e presentes dão uma base do perfil psicossocial, que pode ser importante no desenvolvimento de uma relação paciente-médico produtiva.
Assim, o Dr. Wallace concluiu que para uma avaliação completa é necessário que se faça uma revisão de sistemas dividindo por categorias, quais sejam:
“1. Sintomas constitucionais: tais como febre, mal-estar, perda de peso ou inchaço de glândulas são vistos em primeiro lugar. Eles mostram o estado geral do paciente e como ele se sente. Isso é seguido por uma revisão dos sistemas orgânicos: que vai da cabeça aos pés.
2. A revisão da cabeça e pescoço: inclui pergunta sobre cataratas, glaucoma, ressecamento dos olhos e da boca, dor nos olhos, dor no queixo, visão dupla, perda da visão, irite, conjuntivite, zunido nos ouvidos, perda de audição, infecções de ouvido frequentes, sangramento nasal frequente, anormalidades olfativas, frequentes infecções dos sinus, feridas na boca e no nariz, problemas dentários ou inchaço de glândulas no pescoço.
3. O sistema cardiopulmonar: é visto em seguida, pergunta-se sobre asma, bronquite, enfisema, tuberculose, pleurisia (dor ao fazer uma respiração profunda), respiração curta, pneumonia, pressão sanguínea alta, dor no peito, febre reumática, murmúrio cardíaco, ataque cardíaco, palpitações e batimentos cardíacos irregulares.
4. Revisão do sistema gastrointestinal: inclui um esforço para descobrir qualquer evidência de dificuldades de deglutição, náusea e vômitos intensos, diarreia, constipação, hábitos alimentares não comuns, hepatite, inchaço, flatulência, úlcera, pedras na vesícula, sangue nas fezes ou vômito, diverticulite, colite, pancreatite.
5. Área geniturinária: deve ser abordada de uma forma sensata e respeitosa. Juntamente com questões sobre infecções na bexiga, pedra nos rins, problemas de próstata ou sangue ou proteína na urina, revejo a história obstétrica, desordens na amamentação e problemas menstruais.
6. Revisão dos fatores hematológicos e imunes: permite saber se o paciente se machuca facilmente, sobre anemia, baixa das células brancas do sangue ou contagem de plaquetas e infecções frequentes.
7. A revisão da história neuropsiquiátrica: leva em conta dores de cabeça, convulsões, tonteiras ou torpor, desmaio, intervenções psiquiátricas ou antidepressivas, abuso de substâncias, dificuldade para dormir e disfunção cognitiva e as vezes questiona-se sobre disfunção sexual, história de abuso sexual, violência doméstica ou abuso físico, e mesmo transfusões de sangue ou mesmo fatores de risco para AIDS.
8. Sistema musculoesquelético: envolvem história de dores articulares, tensão, gota, dores musculares ou fraqueza.
9. Revisão do sistema endócrino: inclui perguntas sobre doenças tireoidianas, diabetes e nível alto de colesterol.
10. História vascular: verifica episódios anteriores de flebite, coágulos, edemas, retenção de líquido, AVE ou fenômeno de Raynaud (dedos tomando cores diferentes num ambiente frio).
11. Exame da pele: evidências ao sol, perda de cabelo, feridas na boca, erupções, psoríase, eczema ou mudanças na coloração da pele, devem ser cuidadosamente revista” (WALLACE, 2005, p. 134 a 136)[6].
Com a entrevista completada, o exame físico deve completar o exame histórico e com isso confirmar o diagnóstico e excluir outras doenças sistemáticas. (Lown, 1996, apud CHAITOW[7], 2002; Starlanyl e Copeland, 1996, apud Idem[8]).
Importante ressaltar que na análise do exame físico deve-se incluir o exame neurológico completo, das articulações e a avaliação musculoesquelética.
Como o exame do sistema neurológico exige poucos movimentos, esse deve ser o primeiro, passando depois para a avaliação das articulações visando notar qualquer deformidade, edema ou eritema e a amplitude de movimentos da articulação e por último deve-se conferir as assimetrias do corpo, as deformidades esqueléticas e as deficiências, inspecionando os tecidos moles quanto ao tom, espasmo e pontos sensíveis para identificar a presença de qualquer faixa tensa, respostas e tiques nervosos e pontos-gatilho que sinalize a coexistência da síndrome de dor miofascial.
Por fim, ao registrar os pontos sensíveis em um desenho do corpo, permite-se revisar e localizar os pontos sensíveis com o passar do tempo, além de determinar se o número e o local dos pontos sensíveis satisfazem os critérios físicos para o diagnóstico da fibromialgia. [9]
Com o histórico e o exame físico completos, a maior parte da informação importante está agora coletada, e isso capacita ao médico determinar se o paciente tem fibromialgia, isso porque as informações registradas também pode levar ao médico a suspeitar da coexistência de outras doenças ou síndromes.
Lembrando que a fibromialgia não deve ser encarada como uma doença que necessita de tratamento, mas sim como uma condição clinica que requer controle, isso porque, na pessoa predisposta, suas manifestações ocorrem ao longo da vidam na dependência de uma gama de fatores físicos e emocionais.
5. TRATAMENTO
O tratamento dos pacientes com fibromialgia de ser o mais organizado possível, estabelecendo-se um calendário para as consultas, que permita ao médico um acompanhamento sistemático, haja vista, que às vezes haverá necessidade inesperada e exacerbação de sintomas exigindo uma visita de acompanhamento fora da rotina.
A fibromialgia não deve ser encarada como uma doença que necessita de tratamento, mas sim como uma condição clínica que requer controle. Isso porque, na pessoa predisposta, suas manifestações ocorrem ao longo da vida, na dependência de uma gama de fatores físicos e emocionais. Nesse contexto, as manifestações devem ser tratadas na direta proporção de sua gravidade.
De uma forma geral a abordagem da fibromialgia repousa em quatro pilares a saber:
- Exercícios para alongamento e fortalecimento muscular, assim como para condicionamento cardiorrespiratório.
- Técnicas de relaxamento para prevenir espasmos musculares.
- Hábitos saudáveis para melhorar a qualidade de vida e reduzir o estresse.
- Medicações para o controle da dor e dos distúrbios do sono.
6. CONCLUSÃO
O portador de fibromialgia afastado por mais de 15 (quinze) dias poderá requerer junto ao INSS o benefício do auxílio-doença, nos termos dos artigos 59 a 63 da Lei 8.213/1991, e artigos 71 a 81 do Decreto 3.048/1999.
Já no caso de constatação da incapacidade total e permanente, deverá ser concedida ao portador de fibromialgia a aposentadoria por invalidez nos termos dos artigos 42 a 47 da Lei 8.213/1991, e artigos 43 a 50 do Decreto 3.048/1999.
Mais o que se percebe que tais benefícios só são concedidos na esfera judicial, pois os peritos do INSS alegam que o indeferimento do benefício se dá pela falta de comprovação da incapacidade laboral.
Assim o objetivo desse artigo é demonstrar que uma boa avaliação médica favorece o diagnóstico da fibromialgia e facilita na comprovação da incapacidade laborativa.


Artigo compilado:
http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=16902

Filme sobre a Fibromialgia: Invisível

“Invisível”: um filme sobre a fibromialgia está sendo produzido

" Nick Demos, produtor e cineasta vencedor do Prêmio Tony, tem uma missão – ele quer trazer o diagnóstico, o tratamento e as conseqüências da vida da Fibromialgia para a consciência do mundo. Ele é pessoalmente tocado pela fibromialgia: sua mãe, uma mulher vivendo com fibromialgia, encontrou falta de alívio da dor, ramificações sociais e poucas respostas. Ele está em uma missão para descobrir as experiências de outras pessoas que vivem com fibromialgia, incluindo pessoas tipicamente não pensado como tendo a síndrome da dor crônica, incluindo um jovem atleta. Ele disse que é importante levar a fibromialgia à frente na esperança de obter respostas.
“Perguntamos a todas as pessoas entrevistadas para este filme:” O que é Fibromialgia? “A resposta nunca é consistente, e para aqueles que não têm, há uma falta de urgência para encontrar a resposta.
De acordo com Demos, suas descobertas até agora indicam que aqueles com fibromialgia estão sujeitos a um sistema de assistência à saúde quebrada e que dados demográficos como acesso à educação e fatores socioeconômicos entram em jogo, de acordo com o National Pain Report. Em seu filme, ele fala com pessoas de diferentes origens, etnias e grupos socioeconômicos, mas descobre temas comuns para todos os participantes, diz ele.
“As doenças que ninguém vê, ainda mais, doenças que poderiam potencialmente desencadear ou ser acionadas por todas essas outras condições que são realmente fatais. Fibromialgia ainda tem que ter a ribalta porque não te mata, no sentido técnico. Mas aqueles na comunidade da Fibromyalgia dir-lhe-ão como deteriorar esta síndrome pode ser se não receberem a empatia, a instrução do lifestyle, e o apoio da comunidade que todos seus homólogos fatais começ já. Continua a ser um tema controverso, embora milhões provem que a doença é real e desenfreada. ”
O filme está programado para ser lançado em 2017 e entrará em vários festivais no próximo ano, diz Demos. Até agora, o filme foi completamente doação baseada, geralmente de pacientes com fibromialgia ou grupos que são organizados para trazer a consciência fibromialgia. A síndrome tem sido referida como uma “doença indescritível”, de acordo com a Dor Corporal Crônica. É caracterizada por dor crônica, corpo inteiro, dores de cabeça, distúrbios do sono e mudanças de humor. A fadiga associada com Fibromialgia pode ser debilitante, bem como, e leva a dificuldade em distinguir Fibromialgia de síndrome de fadiga crônica.
Não é uma doença que provoca deformidades ou ameaça a vida através de meios físicos, embora os pacientes que sofrem de Fibromialgia e outras doenças crônicas dolorosas podem ser mais propensos a tirar suas próprias vidas. As pessoas que vivem com Fibromialgia descrevem a precipitação como grave: dificuldades de relacionamento, dificuldade em realizar muitos empregos, instabilidade financeira e humor deprimido. Embora ninguém saiba a causa exata da fibromialgia, alguns pesquisadores acreditam que é devido a níveis de substâncias químicas no cérebro e que pode ser genética, como parece funcionar em famílias. As mulheres são mais susceptíveis de serem afetadas, embora a síndrome também possa afetar os homens.
Embora os tratamentos estejam disponíveis, como os medicamentos Lyrica e Cymbalta, nenhuma droga parece ser a resposta para todos, e pode levar um tempo significativo e tentativa e erro para descobrir o que os medicamentos funcionam para os pacientes e que as dosagens que necessitam. O autocuidado é uma parte importante de lidar com os sintomas da Fibromialgia, como descansar o suficiente, comer alimentos nutritivos e evitar circunstâncias que causam estresse indevido ou energia emocional. Isso pode ser um desafio para muitas pessoas devido a obrigações de vida e os sintomas em torno do transtorno em si.
Muitas pessoas que têm a doença se sentem isoladas e mal compreendidas porque a síndrome é invisível para os outros e não bem compreendida por ninguém, incluindo muitos médicos. Demos espera que seu filme pode educar as pessoas e trazer a consciência para esta síndrome debilitante."

Artigo compilado: http://artritereumatoide.blog.br/invisivel-um-filme-sobre-fibromialgia-esta-sendo-produzido/